Uma equipe de engenheiros químicos e pesquisadores
da Universidade de Massachusetts Amherst e da Universidade de Delaware
descobriu uma nova maneira de produzir garrafas plásticas a partir de biomassa
(restos orgânicos variados), em vez de petróleo. A pesquisa foi publicada na
revista Catálise ACS, uma publicação da Sociedade Americana de Química.
A descoberta demonstrou uma maneira eficiente e
renovável de produzir o produto químico p-xileno, usado na fabricação do PET
(polietileno tereftalato), que é atualmente matéria-prima de muitos produtos,
incluindo garrafas de refrigerante, embalagens de alimentos, fibras sintéticas
para roupas e até mesmo peças automotivas.
"Você pode misturar nossa química renovável
com o material à base de petróleo e o consumidor não seria capaz de dizer a
diferença", afirmou ao portal da Universidade de Delaware, Paul J.
Dauenhauer, professor assistente de engenharia química na Amherst.
Segundo os engenheiros, o processo utiliza um
catalisador de zeólito que é capaz de transformar a glicose em p-xileno, numa
reação de três passos dentro de um reator de biomassa de alta temperatura. Para
eles, o estudo é um grande avanço, uma vez que, outros métodos de produção
renovável p-xileno são caros ou ineficientes devido a baixos rendimentos.
"Nossa descoberta mostra um notável potencial
para plásticos verdes, principalmente os utilizados para distribuir
refrigerantes e água", apontou Dion Vlachos, diretor da Universidade de
Delaware do Centro de Catálise para a Energia Inovação (CCEI). "Essa
tecnologia poderia reduzir significativamente os custos de produção para os
fabricantes de plásticos de fontes renováveis."
Reciclagem
A ideia garante a fabricação de plásticos na
ausência do petróleo. Contudo, é preciso o cuidado de reciclá-los, pois mesmo
originados de matéria biológica, eles têm a mesma resistência dos plásticos
derivados de petróleo e não se degradam naturalmente.
Fonte: MSN Verde / Portal EcoD